Terapia de Casal

A terapia de casal é uma modalidade de psicoterapia em que o casal realiza sessões em conjunto com um psicoterapeuta. Os encontros são semanais e têm a duração de 1 hora. Casais que buscam a psicoterapia de casal, geralmente, estão enfrentando desafios no relacionamento.

Os desafios mais comuns são:

A terapia de casal tem como principais objetivos:

Especificidades da Terapia para casais multiculturais

A Terapia de Casal para casais multiculturais é minha paixão. Atendo casais nas línguas portuguesa e inglesa, atualmente. Esta prática me habilita a atender casais de diferentes nacionalidades que utilizam a língua inglesa como ferramenta de comunicação dentro do ambiente doméstico.

Sabemos que os desafios da verdadeira comunicação – falar e ser efetivamente compreendido/a – é um dos maiores desafios de todas as pessoas. Nem sempre aquilo que comunicamos é efetivamente compreendido, da forma como gostaríamos. Nem sempre, ainda, conseguimos ser claros com nossas demandas. Nossas emoções entram no caminho e somos levados a agir e ou reagir de modo de nos afasta ainda mais do objetivo desejado, ao comunicar nossa demanda. 

Um exemplo bem comum é um dos pares do casal chegar em casa, desejoso/a de um acolhimento, um abraço, um tempo de qualidade e perceber a parceria imersa em seu mundo particular, “ensimesmado”, olhando para o celular. Essa cena pode servir de gatilho para muitas pessoas, pois pode gerar frustração, raiva, tristeza… a depender da emoção que a pessoa experimenta, ela vai reagir de determinada forma, o que vai a aproximar ou afastar do objetivo/desejo de proximidade com a parceria.

Como me comunicar nesse momento? Se em nossa língua materna já é difícil, imagina em uma língua estrangeira, em que precisarei fazer um trabalho mais árduo de procurar as palavras adequadas para expressar minha frustração, sem soar muito agressivo/a, frustrado/a? 

Essa situação é apenas um pequeno recorte de um universo muito maior de desafios e potenciais conflitos em uma parceria multicultural. Os que mais observo em consultório são:

Por ter sido exposta à língua inglesa desde muito cedo por ter vivido em diferentes contextos em que a língua inglesa é predominante socialmente (EUA e Reino Unido), sinto-me confortável em conduzir sessões nessa língua, pois tenho domínio dos aspectos gramaticais e culturais. Ter fluência em uma língua estrangeira envolve, para além do domínio do aspecto funcional da estrutura da língua, a compreensão dos usos cotidianos, metáforas e simbolismos que ela propicia. 

Terapia de casal para quem namora, é possível?

Sem dúvida nenhuma. A terapia de casal é recomendada para toda e qualquer parceria amorosa. Um dos maiores desafios em qualquer relacionamento é a comunicação assertiva. O que é comunicação assertiva?

Comunicação assertiva é a habilidade de comunicar necessidades e ou desejos de forma clara e condizente com o que se quer alcançar. Para conseguir comunicar algo de forma clara, precisamos, primeiramente, saber o que desejamos, quão importante isto é para si, nos sentirmos merecedores de receber algo que entendemos ser precioso

Porém, quando temos dificuldade de entender o quão importante isso para nós mesmos, quando não sentimos que o outro compreenderá ou quando, simplesmente, esperamos que o outro adivinhe aquilo que desejamos… facilmente nos chateamos a podemos entrar em ciclos de ressentimento repetitivos e de difícil rompimento.

A terapia de casal proporciona um espaço de escuta segura e empática, em que cada parceria se sente a vontade para expressar o que deseja e ou o que precisa, sem se sentir inadequado ou vulnerável à incompreensão do outro. Ao fazer esse exercício, estará trabalhando em um processo muito rico, que anda em duas direções: do autoconhecimento (conhecimento de si) e no conhecimento do outro (da parceria em questão). 

A terapia de casal proporciona o desenvolvimento da empatia, que é a habilidade de compreender o ponto de vista do outro, dentro do contexto de vida do outro. Além de cuidar do relacionamento, a terapia cuida dos indivíduos que, nesse processo, desenvolvem a habilidade de entender melhor suas necessidades emocionais e de as comunicar de forma assertiva e respeitosa. 

Muitos jovens casais me perguntam: será que este relacionamento vai dar certo? Ao que costumo responder: há muitas causas e condições para esse relacionamento se prolongar no futuro. Porém, o futuro não acontece sem AÇÃO NO AGORA. E quanto mais autoconsciente estivermos de quem somos, no PRESENTE, mais clara a resposta se torna. Terapeutas não têm “bola de cristal” para o futuro, mas, com certeza, oferecem clareza sobre as decisões tomadas no presente.

Como as feridas conjugais podem afetar a relação?

Estar em relação com outra pessoa é uma das condições mais complexas em sociedade. Precisamos estar atentos às nossas necessidades emocionais, assim como a da parceria. A ideia é bem resumida pela frase de Saint Exupéry, na obra o “Pequeno Príncipe”: “és eternamente responsável por quem cativas”.

Essa frase traduz, em poucas palavras, o poder do enamoramento: quando alguém se apaixona por você, lhe entrega um “poder” acima dos das demais pessoas, pois qualquer coisa que faça que possa magoar, vai gerar uma dor muito maior. A pessoa que amamos pode nos magoar de uma forma muito mais profunda e dolorosa do que qualquer outra pessoa de nossas vidas.

Assim, a responsabilidade dentro de um relacionamento em que haja o acordo da conjugalidade é muito maior do que em qualquer outro tipo de relação (sem nomear o relacionamento entre pais e filhos). 

Feridas conjugais são situações dolorosas vividas por um ou por ambos na parceria, que alteram o padrão de confiança e segurança dentro da conjugalidade. Como exemplos, podemos citar: traição, decisões financeiras não acordadas previamente, decisões que impactem a vida dos filhos; atos de violência (verbal e/ou físico). 

Essas feridas, se não trabalhadas e elaboradas em um contexto terapêutico, podem servir de insumo para dinâmicas pouco saudáveis dentro do contexto da parceria, a depender de como cada um processa essa vivência. Pode ser geradora de culpa, vergonha, o que abala a autoestima de um dos membros da parceria; pode ser geradora de raiva e desejo de punição, o que pode dar início a ciclos de violência, visíveis ou invisíveis. 

É altamente recomendável procurar ajuda, nesses casos. Não há como superar uma ferida emocional sem suporte, caso se deseje ter um relacionamento que seja fonte de bem-estar. É uma decisão que leva em conta o cuidado com ambos da parceria.